Oradores Principais
Alexandra Oliveira
Professora e investigadora
Professora da Universidade do Porto, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, onde exerce funções de docente e de investigadora no Centro de Psicologia da Universidade do Porto. Os seus interesses relacionam-se com o género, a sexualidade, a norma e o desvio, tendo vindo a dedicar as suas pesquisas ao trabalho sexual, em particular à prostituição. Doutorou-se em Psicologia na Universidade do Porto com uma investigação etnográfica sobre prostituição de rua que deu origem à publicação “Andar na vida: prostituição de rua e reacção social” (2011, Almedina). Esta tese recebeu uma Menção Honrosa do Prémio Maria Lamas 2011. A sua tese de mestrado, sobre trabalho sexual, foi distinguida também com uma Menção Honrosa do Prémio Mulher-Investigação Carolina Michäelis de Vasconcelos 2002 e deu origem ao livro “As vendedoras de ilusões: estudo sobre prostituição, alterne e strip tease” (2004, Lisboa, Editorial Notícias).
Além da investigação, interessa-se pela intervenção na área da educação para a saúde e da redução de riscos associados ao trabalho sexual e tem estado, por isso, ligada a projetos de intervenção com trabalhadorxs do sexo.
Alexandra Oliveira é uma aliada do movimento internacional de trabalhadorxs do sexo, sendo ativista nesta área.
Alice Cunha
Atriz e Ativista
Licencianda em Estudos Artísticos – Artes do Espetáculo na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ativista Transfeminista e Queer, integra o colectivo Panteras Rosa – frente de combate à lesbigaytransfobia. Integra também a Lóbula, um colectivo de intervenção cultural e política de linha trans, queer & feminista, com o qual organiza e dinamiza várias atividades (entre ciclos de cinema, debates, sessões de leitura, festas), abordando vários temas (como vivências trans, resistências politicas/artísticas, revolução sexual, entre outros).
Integra a comissão organizadora da Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa. Atualmente, faz também parte do GTSC – Grupo de Teatro Sai de Cena. Esteve na organização do primeiro Bloco Trans na Marcha do Orgulho LGBT de Lisboa, que abriu e edição de 2015 da marcha. Colabora com a associação API, Ação Pela Identidade, onde contribuiu para o projeto fotográfico #NÃOTEMOSVERGONHA.
Participou enquanto oradora num painel sobre Vivências Trans no 1º Encontro Nacional de Sexologia em Pediatria, com o tema Diversidade de Género na Infância e Adolescência, organizado pelo CHUC, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
Participou enquanto oradora também num painel sobre Femicídio e Violência de Género, no Encontro Feminista do Bloco de Esquerda, e dinamizou um debate de temática trans no Liberdade, o acampamento do Bloco de Esquerda. Participou na campanha fotográfica chilena de combate à transfobia “No + Transfobia”.
Conceição Nogueira
Professora e investigadora
Professora Associada com agregação da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto, doutorada em Psicologia Social pela Universidade do Minho. É autora de vários livros publicados em língua portuguesa (Portugal e Brasil) e de inúmeras publicações em revistas (nacionais e internacionais) capítulos de livros e actas de Congressos sobre a temática dos Estudos de Género, Sexualidades e Feminismo. É coordenadora de vários projetos de investigação apoiados pela Fundação para a ciência e tecnologia e organismos europeus.
GAT
Organização Não Governamental
O GAT é uma organização não governamental cuja missão é «advogar por mudanças legais e políticas que afetem positivamente a saúde, direitos e qualidade de vida das pessoas que vivem com VIH ou em risco de o adquirirem» e que se concretizem no «acesso rápido aos produtos médicos, testes, meios de diagnóstico que previnam ou tratem a infeção pelo VIH ou melhorem a qualidade de vida das pessoas que vivem ou são especialmente vulneráveis à infeção por este».
O CheckpointLX é um dos centros de rastreio do GAT. Um centro de base comunitária, dirigido aos homens que têm sexo com homens (HSH), para o rastreio anónimo, confidencial e gratuito do vírus da imunodeficiência humana (VIH) e outras infeções sexualmente transmissíveis (IST), aconselhamento sexual e referenciação aos cuidados de saúde.
Toda a equipa é constituída por técnicos HSH para que seja facilitado, através do apoio e educação entre pares, o acesso à prevenção e à saúde sexual de uma forma mais eficaz e congruente com a realidade.
Guacira Lopes Louro
Investigadora do PPGEDU/UFRGS
Licenciada em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1969), Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976) e Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1986), Guacira Lopes Louro foi fundadora do Grupo de Estudos de Educação e Relações de Gênero (GEERGE) e participa neste grupo de pesquisa desde 1990. Tem publicado livros, artigos e capítulos, bem como orientado dissertações e teses sobre questões de género, sexualidade e teoria queer em articulação com o campo da Educação. As suas pesquisas atuais voltam-se para estudos queer, cinema e pedagogias da sexualidade.
Guacira Lopes Louro tem vindo a trabalhar na defesa dos direitos da liberdade de pensamento que envolva a cultura queer, na tentativa de criar uma perspetiva de respeito em relação à liberdade de expressão da sexualidade na sociedade atual. O seu trabalho foi homenageado em 2012, quando recebeu o prémio Paulo Freire concedido durante a 35ª Reunião Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).
Helena Topa
Psicóloga, Tradutora e Investigadora
Exerceu atividade docente na Universidade Nova de Lisboa (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas), entre 1990 e 2006, na área da Cultura e Literatura Alemãs, tendo igualmente desenvolvido investigação nestes domínios, nomeadamente em artigos científicos e nas suas teses de Mestrado (1993) e Doutoramento (2001).
Posteriormente, fez formação em Psicologia, na Universidade do Porto, tendo realizado uma tese de Mestrado sobre Violência Doméstica entre pessoas do mesmo sexo (2009), tema este em que desenvolveu investigação posteriormente, tendo participado em diversos encontros, científicos e de divulgação, acerca dele.
Atualmente, é tradutora profissional, dedicando-se em particular à tradução literária, com vários títulos publicados. Co-organiza a comunidade de leitura de temática lésbica “Conversas Para Lê-Las”, no Porto, desde 2012.
Inês Fontinha
Socióloga
Socióloga. Em 1975, ligou-se ao “Ninho”, Associação que tem por objetivo a promoção humana e social de mulheres vítimas de prostituição, tendo sido sua diretora, durante décadas. Foi uma das nomeadas em 2005 para o Prémio Nobel da Paz.
Isabel Medina
Atriz, encenadora, guionista, dramaturga e realizadora
Atriz, encenadora, guionista, dramaturga e realizadora
Licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras de Lisboa e em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, é diretora literária da Companhia de Teatro Escola de Mulheres, que dirige com Fernanda Lapa.
É argumentista e realizadora do filme “Caçadores de Anjos”, produzido pela “Escola de Mulheres”, sobre a violência exercida sobre as mulheres, apresentando histórias verídicas de raparigas que, ainda meninas, foram exploradas sexualmente.
Joana Amaral Dias
Professora, Investigado, Psicóloga e Política
Psicóloga e política portuguesa, exerce psicologia clínica desde 1997. Licenciou-se em Psicologia, ramo de Psicologia Clínica, pela Universidade de Coimbra. Fez o Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento, também na Universidade de Coimbra. Pós-graduou-se em Terapia Familiar Sistémica e em Psicodrama (é sócia didata da Sociedade Portuguesa de Psicodrama), foi bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia e doutoranda pelo Chicago Center for Family Health/ University of Chicago e pela Universidade de Coimbra.
Leccionou em diferentes universidades, colaborando com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada desde 2004, designadamente nas disciplinas de Modelos de Desenvolvimento e Processos de Inclusão/Exclusão Social e de Minorias étnicas e culturais. Foi dirigente associativa, deputada à Assembleia da República, dirigente partidária e mandatária para a juventude da candidatura presidencial de Mário Soares. Convidada para inúmeros colóquios, seminários e conferências, publicou dois livros sobre temáticas políticas, nomeadamente Maníacos de Qualidade (2010) e Portugal a Arder (2011). Colabora assiduamente em jornais, revistas e televisão enquanto comentadora/analista política.
Júlia Mendes Pereira
Ativista
Nasceu em 1990 em Lisboa, onde ainda vive. É estudante de mestrado na Universidade de Lisboa, na área de Estudos Portugueses e Brasileiros. Ela também é um ativista trans, sendo a secretária-geral da Ação Pela Identidade – API, uma ONG (fundada em 2011 e registrada em 2015) que tem como objetivo estudar e defender as diversidades de gênero e dos corpos, incluindo as experiências de pessoas trans e intersexuais, com uma perspectiva interseccional. Como representante API, Júlia é Conselheiro para a Igualdade no Concelho de Lisboa. Anteriormente, ela foi membro do Cometer Gestor do Transgender Europe (2014-2016). Em 2014, ela se tornou a primeira pessoa trans membro do conselho nacional de um partido político em Portugal (Bloco de Esquerda) e em 2015 ela foi a primeira pessoa trans candidata ao Parlamento Português. Seu sonho é ser capaz de viver de sua poesia e escritos, algum dia.
Karin Werkman
Ativista feminista e Investigadora
Formada em Relações Internacionais pela University College Dublin.
Ativista feminista e investigadora das leis e políticas sobre prostituição e tráfico de mulheres, em particular na Holanda, seu país de origem. Tem ligação a várias organizações não-governamentais em diversos países. Tem intervido em vários fóruns internacionais e publicado estudos sobre aquelas temáticas.
Matias Braga
Transfeminista e Tradutor
Ex-docente de português, espanhol e educação especial (1996-2013). Com Mestrado em Literatura Medieval, atualmente, (sobre)vive de tradução e revisão de textos, arranja bicicletas, faz trabalhos de jardinagem e prepara-se para ser massagista. Voluntário da Ilga-Portugal, desde 2012, co-organiza a comunidade de leitura de temática lésbica “Conversas Para Lê-las”, considera-se transfeminista, tendo traduzido textos de Paul B. Preciado e Judith Butler.
Michael Farrell
Advogado e Ativista
Michael Farrell é advogado da Free Legal Advice Centres (FLAC), um Centro de Direito que procurar tornar o Direito acessível a pessoas e grupos desfavorecidos. Farrell é também escritor e ativista irlandês de direitos civis.
Farrell exerce advocacia há 25 anos e atualmente trabalha para a FLAC, que aceita em cada ano um número limitado de casos relevantes ou estrategicamente importantes na área da proteção social e da discriminação. Nos últimos 22 anos Farrell esteve particularmente envolvido num longo caso pela alteração da lei para permitir que pessoas transsexuais sejam oficialmente reconhecidas no seu género. O caso terminou com sucesso neste verão e, como consequência, a Irlanda passou de um país sem qualquer tipo de legislação para transgéneros para um país com uma das leis mais liberais da Europa no que respeita ao reconhecimento de género.
Farrell também esteve envolvido no movimento dos direitos civis na Irlanda do Norte há 40 anos e foi membro da Comissão de Direitos Humanos da Irlanda entre 2001 e 2011.
Miguel Vale de Almeida
Professor, Investigador e Escritor
Professor de Antropologia do Instituto Universitário ISCTE-Lisboa e Pesquisador do CRIA – Centro de Investigação em Antropologia. Com investigação em Portugal, Brasil, Espanha e Israel / Palestina, o seu trabalho tem incidido sobre género e sexualidade, bem como sobre “raça” e etnia, e pós-colonialismo.
Publicou vários livros, dois dos quais em Inglês: “The Hegemonic Male”, sobre masculinidade, e “An Earth-Colored Sea”, sobre o colonialismo e pós-colonialismo Português em países de língua portuguesa. Ele também editou um volume sobre o corpo, “Corpo Presente”; co-editou um sobre colonialismo e pós-colonialismo, “Trânsitos Coloniais”; e publicou uma coletânea de seus ensaios sobre antropologia e cidadania, “Outros Destinos”, como bem como uma série de artigos jornalísticos, “Os Tempos que Correm”; um livro de contos, “Quebrar em Caso de Emergência”; e um premiado de ficção científica e romance distópico, “Euronovela”.
Seu livro mais recente, em Português, é “A Chave do Armário”, sobre questões de casamento entre pessoas do mesmo sexo e família. Como ativista LGBT foi membro do Parlamento Português, contribuindo com a aprovação da lei do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a lei da identidade de género.
Nuno Pinto
Ativista e Investigador
Nuno Pinto é um doutorado pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE). O seu projeto de doutoramento focou-se no estudo dos chamados processos de “transição” de pessoas transexuais, e também no estudo das representações sociais sobre transexualidade e género, sob o título “Experiencing and representing transsexuality: Developmental trajectories of, and social representations on, transsexual people”. Formado em Psicologia pela Universidade do Porto, e com uma pós-graduação em Psicologia Política pela mesma instituição. Os seus trabalhos de investigação situam-me na área do (trans)género, questões LGBT(I) e acesso à saúde – sendo atualmente investigador auxiliar no CIS-IUL (Centro de Investigação e Intervenção Social do ISCTE-IUL), no âmbito do projeto “A ‘lei de identidade de género’: Impacto e desafios da inovação legal na área do (trans)género”. Exerce funções de docência no ISCTE-IUL, no âmbito do mestrado em Psicologia das Relações Interculturais. Em 2014, foi responsável pela investigação europeia promovida pela ILGA-Europe sobre necessidades, desafios, prioridades e boas práticas na área da saúde LGBTI.
É ativista LGBT e voluntário da Associação ILGA Portugal (Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero) desde 2005. Foi coordenador do grupo local do Porto (2005-2007), presidente do conselho fiscal (2009-2011), e integra a direção desde 2011. Está envolvido em vários projetos e atividades da associação. Coordenou o projeto “Saúde em igualdade: Pelo acesso a cuidados de saúde para pessoas LGBT” (2014/15), e participou no International Visitor Leadership Program on “Human and civil rights for the LGBT Community”, organizado pelo Departamento dos EUA, entre 10 e 18 de agosto de 2015, a convite da embaixada dos EUA em Portugal.
Paulo Côrte-Real
Vice-Presidente da Direção ILGA Portugal
Doutorado em Economia pela Harvard University e é Professor na Nova SBE. Membro da ILGA Portugal desde 2003, foi Vogal da Direção (2005/2008), Presidente da Direção (2008/2011 e 2011/2014) e é atualmente Vice-Presidente da Direção. Foi ainda Co-Secretário (2011/2013) e Co-Presidente (2013/2015) da Direção da ILGA-Europe (a Região Europeia da ILGA – International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans and Intersex Association).
Raquel Freire
Cineasta
Nasceu no Porto e vive em muitos lugares. É cineasta, escritora, argumentista, produtora, activista, cidadã e mãe duma criança de 15 anos.
Seus principais filmes são Rio Vermelho, Rasganço, Veneno Cura, SOS Lisboa-Luanda, Dreamocracy e Esta é a Minha Cara. Já teve seus filmes exibidos nos festivais de Cannes, Veneza, São Paulo, Montreal e Vila do Conde.
Em paralelo com os filmes, realizou os vídeos de acções da Greenpeace, Women On Waves, Act Up Paris, Guerrilla Travolaka de Barcelona, Existrans, em França, Holanda e Espanha. Realiza também os vídeos do Movimento 12 de Março M12M, Auditoria Cidadã e e outros vídeos activistas.
Os livros Ulisseia e Transibericlove estão a ser traduzidos para o Alemão e serão editados em janeiro de 2017.
Sandra Benfica
MDM
Sandra Cristina Rodrigues Benfica, membro da Direcção Nacional e do Conselho Nacional do MDM é na actualidade responsável financeira da Organização. Entre 2011 e 2013 exerceu funções de coordenadora do Projecto “Tráfico de Mulheres Romper Silêncios” sobre tráfico de Seres Humanos, nas regiões de Lisboa e Algarve. Posteriormente integrou as equipas do Projecto “Sensibilizar e Prevenir Desigualdades: Agir na Minha Escola”, com intervenção com jovens e comunidades escolares para a prevenção e sensibilização das violências contra a mulher, desenvolvido na região do Porto, e do Projecto “Viver Direitos /Vencer Violências – da escola ao espaço público”, com intervenção no combater à violência no namoro através de um programa de sensibilização de jovens adolescentes do ensino secundário e universitário, desenvolvido em Aveiro. Representa o MDM na Rede de Apoio e Protecção às Vitimas de Tráfico.